Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto. Que mesmo em face do maior encanto. Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento. E em seu louvor hei de espalhar meu canto. E rir meu riso e derramar meu pranto. Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure. Quem sabe a morte, angústia de quem vive. Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure".
Vinícius de Moraes.

Daisypath Vacation tickers

Daisypath Anniversary tickers

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

I fell in love again

Olá pessoal,

Hoje estava eu navegando em sites e blogs internet a fora e deparei-me com esse vídeo sobre Istanbul.

Com muita sensibilidade e sem dizer uma palavra, esse vídeo traz um retrato envolvente do que é a cidade e o povo que nela habita.

Só posso dizer: Istanbul sua Linda! I fell in love again...

Enjoy it!


Istanbul from Straw Hat Visuals on Vimeo.

Istambul, I am looking forward to see you again.

Nada mais a declarar, me despeço por hoje ;)

Fiquem com Deus,

Beijo Beijo! ☾✩

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tá na boca do povo

Oie minha gente :)

Não é novidade pra ninguém o mega sucesso da música  "Ai se eu te pego" no Brasil e nos 4 cantos do mundo.
É claro que a música que virou sucesso na voz do cantor Michel Teló tá bombando na Turquia também e já é hit nas rádios, programas de auditório etc.

Achei no youtube uma versão da música cantada por um turco em português e não podia deixar de compartilhar com vocês :) 



Achei também esse outro vídeo, agora o brasileiro cantando a música turca "Git hadi Git": até que ele não fez feio não... Dá pra se divertir um bocado...


Quem quiser assistir o vídeo original da música clique aqui...


Agora, sabe aquela música do grupo Carrapicho que foi sucesso alguns anos atrás, chamada Tic Tic Tac? Então, segundo my turkish boy, essa música também estourou na Turquia e ele sabe a letra toda de cor hauhauhauhauhau (confesso que por essa eu não esperava)...

Relembrar é viver...


Se você sabe de mais alguma música brasileira que bombou em terras turcas, conta pra mim vai?!
poste um comentário ;)

Beijos pra vocês queridos e queridas!
Fiquem todos com Deus!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pontos Turísticos - Mesquita Azul, do Sultão Ahmet I

Oie pessoal, 

Hoje vou falar um pouquinho sobre a Mesquita Azul, em turco Sultanahmet Camii, que é a maior e mais esplêndida mesquita de Istanbul. 




Sua construção iniciou-se no ano de 1609 no governo do Sultão Ahmed I, o qual almejava construir uma mesquita maior, mais bonita e imponente, como resposta, 1000 anos depois, ao Imperador Justiniano e sua Hagia Sophia. 

As duas ali, frente à frente, magníficas, separadas apenas por um enorme jardim, chamam a atenção dos turistas. 


A Mesquita do Sultão Ahmet é a última e impressionante estrutura da arquitectura religiosa otomana. No entanto, muitas outras mesquitas foram construídas depois desta, mas nenhuma chegou à dimensão e à elegância das decorações da Mesquita Azul. 



Construída em um estilo clássico otomano é considerada uma das mais bonitas mesquitas do mundo. 


Seja de noite ou de dia, por fora ou por dentro impressiona. A suntuosa mesquita  é um triunfo em harmonia, proporção e elegância, além de ser a única em Istanbul que possui seis minaretes.



A luz natural entra pelas 260 janelas de suas 36 cúpulas, iluminando os mais de 20 mil azulejos que decora suas colunas e arcos e formando uma verdadeira sintonia de belos mosaicos azuis de Iznik, demonstram a razão do nome, Mesquita Azul, dado a mesquita que externamente não é azul.

As 21043 peças de azulejaria utilizadas na decoração interior da mesquita foram trazidas das oficinas do palácio em Iznik; os tapetes de seda com centenas de metros foram trazidos de centros de tecelagem seleccionados (há pouco tempo, os preciosos tapetes de vários tamanhos e cores que cobriam o chão, foram substituídos por tapetes de fábrica) e os candeiros a óleo de cristal foram importados. Sabe-se que os administradores que lideravam o estado, após a conclusão da mesquita doavam presentes muito valiosos sobretudo os Corões escritos à mão. 




A Mesquita Azul, como a maioria das mesquitas construídas com um intuito de serviço público, possuía sua própria medresa (escola religiosa que ensinava o Corão), um hospital, um bazar, uma escola, um mausoléu, uma hospedaria e uma fonte pública, para além da própria mesquita. O hospital e a hospedaria foram danificados no século XIX.

Seguem algumas fotos tiradas no meu dia de turista nessa mesquita que eu não canso de dizer que é lindaaaaaaa demaissssss...


Esse passeio é incrível! Super recomendo!

Beijossssssss!!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

a hundred things

100 dias longe da Turquia me fizeram pensar em 100 coisas que aprendi por lá:

1) aprendi a responder Efendimmmmm??? quando Anne ou Baba me chamam... (e eles dão rizada...)
2) ter vontade de comer doce, coisa que acontece todos os dias, e vir a mente baklava e kadayıf antes mesmo de brigadeiro de panela e pudim;

3) ter vontade de acrescentar iogurte na picanha do churrasco, como se fosse Iskender;
4) Pechinchar, independente do valor, solto logo um çok pahalı (muito caro) e pechincho até que um preço mais razoável apareça;
5) de tanto escutar Hoş Geldiniz (Bem Vindo) ao entrar em lojas, restaurantes e até mesmo ao entrar em casa depois de ter saído nem que fosse por 5 minutos, fico achando o povo meio sem educação no Brasil por não receber da mesma forma calorosa;
6) prestar muito mais atenção nas notícias quando o assunto é ataque terrorista, principalmente quando envolve o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) porque sei que isso pode atingir a mim ou alguém muito querido;
7) de tanto escutar Afiyet Olsun! (Bom Apetite) em todas as refeições tenho vontade de trazer essas palavrinhas mágicas para a mesa no Brasil com a mesma frequência falada na Turquia;
8) sair com os amigos não precisa ser necessariamente pra tomar cerveja. Na Turquia a probabilidade de reunir a galera pra uma rodada de chá "Çay" pode ser infinitamente maior;


9) que mulher não precisa ser bombada e ter forma de fruta seja ela melancia, morango ou melão pra ser bonita;
10) passar o sábado a noite com a família pode ser muito mais legal que pegar balada;
11) gostar de ir em Restaurantes com meu Amor pra tomar Rakı e comer os pratos típicos servidos em pequenas porções, chamados de Meze, ao som de música popular turca;
"O rakı é um licor derivado da uva e com sabor de anis e é considerado a bebida nacional da Turquia";


12) ter que admitir que muitas coisas estão erradas no Brasil quando o assunto é "pegar geral" e "ser de ninguém", fala sério cadê os valores minha gente?!
13) vibrar com a possibilidade de visitar sempre que puder a Grécia e a Itália que está para os turcos assim como a Argentina e o Chile estão para o Brasil (pertinho); 
14) valorizar a carne bovina de cada dia já que na Turquia, 1kg de carne moída(de segunda, terceira) sai mais caro que 1kg de filé mignon no Brasil; 
15) respeitar Mustafa Kemal Atatürk, essa figura política considerada uma das mais importante da história turca, foi um oficial do exército, estadista revolucionário e fundador da República da Turquia (Türkiye Cumhuriyeti), assim como seu primeiro presidente. O povo turco o ama de paixão e na casa das pessoas, escritórios, hospitais etc., é possível ver quadros com fotos de Atatürk;


eu no desfile que celebra a  Proclamação da República turca

16) aprendi que encarar pessoas na rua não é uma boa, principalmente se for do sexo masculino, já que corresponder a uma olhada (ainda que por distração) pode significar que você "está dando mole". E se você não quer ser seguida ou que alguém se aproxime pra conversar com você é melhor não corresponder a olhares na rua;
17) achar completamente normal ver dois homens se cumprimentando com uma espécie de dois beijinhos, mas um pouco diferente pois eles encostam a testa; 
18)  ver dois amigos (do sexo masculino) andando na rua de braços dados, e entender que eles fazem isso porque são brothers e isso não tem nada a ver com a opção sexual deles;
19) tomar chá de manhã, de tarde e de noite e achar que no Brasil poderia se ter esse costume tradicional da Turquia que além de saudável, une as pessoas;
20) ouvir música turca no computador pela rádio Power Türk FM
21) comer no kahvaltı vulgo café da manhã; pepino, tomate e azeitona preta sem achar estranho, pelo contrário, achando a coisa mais gostosa do mundo;
22) que ao entrar no shopping devo passar pelo detector de metais e deixar revistarem minha bolsa em compensação para entrar no banco não preciso fazer nada disso;
23) entender que do Brasil a maioria só conhece aquele jogador famoso chamado Alex que defende o Fenerbahçe, um dos times do coração dos turcos (eu também sou Fenerbahçe desde criancinha rsrsrsrsrsrs);


24)  que servir é um ato de amor e que as mulheres turcas são mestres nisso, a Anne que o diga;
25) achar bonito o chamado da oração que as milhares de Mesquitas espalhadas por Istanbul entoam 5 vezes ao dia; 


26) aprendi que nomes como Mustafa, Emre e Murat são tão comuns quanto Pedro, José e João; 
27) que embora goste de carne de porco consigo viver numa boa sem, até porque difícil vai ser encontrar no mercado da Turquia;
28) escrever Istanbul como se escreve em turco com "n" e não "m";
29) que mesmo depois de terem cortado 6 zeros da moeda turca (lira) a bastante tempo,  vou ouvir pessoas respondendo os preços em "milhões" como no passado.
30) que os lenços umedecidos perfumados que são entregues em restaurantes para higiene das mãos  são mesmo "Tudo de Bom" e bem que essa moda podia pegar no Brasil;
31) arroz, feijão, bife e batata frita são palavras que não vão mais fazer parte do meu vocabulário, a comida da Turquia é deliciosa porém completamente diferentes do Brasil;
32) a faca é um acessório completamente dispensável para as refeições à mesa turca;
33) 
o pão "ekmek" cumpre o papel que cabia a faca e é por isso que ela "perdeu sua função"
34) fazer necessidades de cócoras, já que é comum achar banheiros à moda antiga, principalmente em locais públicos, e também em casa;
35) papai e mamãe são chamados de baba e anne respectivamente e, como meus futuros sogros são muito gente boa posso chama-los desse mesmo jeito; (e eles adoram)
36) embora meu nome seja fácil de pronunciar no Brasil, por lá o povo acha estranho e pra facilitar meu apelido em terras turcas é "ELA";
37) aprendi a achar a bandeira do Brasil a coisa mais linda e em segundo lugar a bandeira da Turquia, melhor ainda quando elas estão juntas;


38) a achar o máximo o porteiro/zelador do prédio trazer pão, leite e água mineral todos os dias de manhã, além de passar recolhendo o lixo a noite, essa moda também podia pegar no Brasil;
39) entrar em casa com sapato na Turquia não pode, e isso é sim algo muito bom e que mantém a casa muito mais limpa;
40) já entendi que no inverno vai nevar e eu vou virar um picolé (como dizia minha vó) e no verão o calor vai me derreter;
41)  que depois de tomar uma xícara de café turco (türk kahvesi) devo virar de ponta cabeça para que a borra do fundo forme um desenho na xícara e correr pra achar alguém apto a ler meu futuro; (geralmente a Anne) 


42) da mesma forma que turco pra mim é tão difícil quanto o grego, português pra eles é parecido com o espanhol, também nada entendem, posso "fofocar" com a família/amigos a vontade e ninguém entende nada; 
43) tive que aprender a conviver com algumas pessoas no onibus, na escola, na mesa ao lado no restaurante, etc., que não possuem aquele velho hábito de banhar-se todos os dias e acabam exalando um cheiro não muito agradável; rsrsrsrs
44) usar a tradicional colônia de limão "Limon Kolonyası" geralmente oferecida para as visitas em casa e também em restaurantes, que dá uma sensação de limpeza e refrescância, mas confesso, não sou muito fã do cheiro; 



45) achar bonitinho aquela forma da mulher dançar estalando os dedinhos e os homens erguendo a mão esquerda; 
46) ao ouvir um mı, mi, mu, mü no final da frase já entender que trata-se de uma pergunta; 
47) aprendi a controlar o riso ao ouvir "Bunda ne var? /What about
48) bigode e barba grande ainda é moda por lá;
 
49) aprendi a receber uma toalha de rosto exclusiva pra eu enxugar as mãos quando ia visitar a casa de alguém; (não tem aquele negócio de toalha pendurada no banheiro pra geral, cada um com a sua)
50) aprendi que ao soltar um ALLAH ALLAH quando algo me surpreende faz eu arrancar risadas de todos a minha volta;
51) que semente de girassol não é só comida de papagaio, a Anne adora;
52) aprendi que num país de maioria absoluta muçulmana tem várias igrejas lindas também. Não consegui segurar a emoção quando entrei na belíssima Igreja Santo Antônio de Padova na Avenida Istiklal em Beyoğlu;

53) achar meio indecente (pra não falar pirigueti) usar roupas que marcam muito a silhueta;
54) sentir-se defensora dos turcos quando alguém vem querer fazer comentário maldoso sem nem saber direito do que está falando;
55) gostar de presentear todo mundo como forma de agradecimento por ter sido tão bem tratada pela família turca;
56) respeitar as escolhas quando o assunto é o uso do hijab, embora ver mulheres só com os olhinhos de fora (ainda que não tão comum na Turquia) me cause um tremendo mal estar;
57) não conseguir mais imaginar meus dias sem sentar em um café pra tomar um chá
çay” e conversar por horas com my turkish boy, familiares e amigos;


58) passear e fazer comprinhas na Ba
ğdat Caddesi (my favorite); 


59) a entender um pouco mais o porquê da Turquia não fazer parte da União Européia;
60) tomar çorba no almoço e na janta mesmo sem ser fã de sopa e achando que falta sal e sobra tempero; 

61) aprendi que é tradicional enfeitar a casa espalhando milhares de tapetes por todos os lados, mesmo na cozinha e no banheiro; (agora pergunta se na minha casa vai ser assim?)
62) usar a chaleira elétrica e se perguntar como ela ainda não chegou no Brasil;
63) aprendi a diferença que um pingo no "i" e dois pingos no "ö" e "ü"  podem fazer.
64) que é possível ser mulher, ser vaidosa e feminina sem sair por aí mostrando tudo;
65) aprendi que há o momento certo e a hora exata de usar as palavrinhas "inshallah" e "mashallah" – fazendo o povo ao redor cair na gargalhada super orgulhosos de ouvir uma brasileira falando "Se Deus quiser" como os muçulmanos;
66) que o trânsito na minha cidade (Brasília), ou na sua, seja ela qual for, é maravilhoso perto do
“terror” que é o trânsito em Istanbul, caótico é elogio;
 67) aprendi a atravessar  a rua com mais cautela porque o medo de ser atropelada é grande, e ainda que o sinal esteja vermelho para os carros é bom olhar para os dois lados e atravessar correndo; 
68) como os turcos, aprendi a comer pão junto com qualquer comida em todas as refeições;



69) aprendi que sair pra balada não necessariamente deve ser depois da meia noite e voltar pra casa antes das 2 ou 3am não significa que a noite não foi boa;
70) aprendi que se eu inventar de comer BurgerKing ao invés da comida da Anne, nem que seja por um dia, ela vai achar que é desfeita e que eu não gosto da comida dela; 
71) aprendi que fazer amigos e sair pra comprar pão sozinha não é algo tão fácil quando não se domina o idioma;
72) que é preciso tomar cuidado porque existem pessoas boas e ruins nos quatro cantos do mundo;
73) que o a diferença de fuso horário Brasil/Turquia pode variar de 4 a 6 horas por causa do horário de verão e inverno;
74) aprendi a admirar um pôr do sol lindo de verdade;

75) aprendi a passar por cima da tristeza que é não poder fazer coisas que sempre fiz sozinha (como dirigir e ir ao shopping) porque meu nível de turco não me permite;
76) que cuidado e zelo exagerados podem ser prejudiciais;
77) aprendi que fica na Turquia, nas montanhas próximas da cidade de Selçuk e das ruínas da cidade de Éfeso, a casa, na qual se crê, segundo a tradição, ter sido a última morada da Virgem Maria, mãe de Jesus;


78) que no Café chamado de Kahvehane, não é aconselhável mulher se infiltrar, sabe-se que ali é ponto de encontro só de homens que se encontram pra jogar, beber e conversar; (o baba frequenta diariamente)
79) que a Turquia hospeda paisagens paradisíacas; 


80) imagino que se a Turquia fosse o Brasil: Istanbul seria São Paulo, Ankara seria Brasília, Izmir seria o Rio de Janeiro e Antalya seria Salvador;
81) aprendi que enquanto é Natal e Páscoa no Brasil, nada acontece na Turquia; (dias normais, nem sinal do bom velhinho e coelhinho da páscoa)
82) entendi que as portas com detectores de metais tem a função de evitar ataques terroristas e por isso, em locais onde a aglomeração de pessoas é maior como supermercados e shopping center só é possível adentrar após passar pelo detector;
83) que não importa quantas vezes eu olhe para a Mesquita Azul, eu vou sempre acha-la a coisa mais linda;


84) aprendi que pouca gente na Turquia fala Inglês e portanto aprender turco é fundamental;
85) que os preços de muitas coisas são comparáveis aos preços absurdos praticados no Brasil porque a lira turca e o real caminham lado a lado quando comparados com o dólar;  
86) que família é algo muito importante para o povo turco, e (em geral) eles buscam preserva-la ao máximo, embora exista a figura do divórcio, é claro, que o volume nem de longe se compara com o do Brasil; 
87) aprendi que vale a pena experimentar as coisas antes de falar que não gostou. Ayran que é uma bebida a base de iogurte que muitos são apaixonados, infelizmente não me enche os olhos, mas pelo menos posso dizer que experimentei;
88) aprendi que numa festa de casamento na Turquia, não necessariamente vai ter comida e bebida a vontade, e nem por isso, vai deixar de ser marcante para os noivos e convidados;
89) aprendi a comer melão "kavun" com queijo branco "beyaz peynir" achando divino; 
90) aprendi a achar normal ver tantos gatos pela rua, já que eles são considerados uma espécie de praga urbana e estão por toda a parte em Istanbul 
Gatos do Topkapı Palace
91) aprendi a não me irritar quando falam que a capital do Brasil é o Rio de Janeiro ou Buenos Aires e a língua falada é o brasileiro ou espanhol;
92) aprendi a valorizar as 747 farmácias que tem em Brasília e ficam abertas 24hs porque lá  em Istanbul acontece uma espécie de rodízio a noite e fica aberta apenas uma eczane por bairro e todas as demais fecham, o duro é saber qual está aberta em cada dia; 

Atualizando: se você está em Istanbul e precisa de uma farmácia durante a noite, ligue: 08004455050, você será informado qual é o endereço da farmácia aberta ;) (Thanks Onur for the information ;)

93) aprendi que a fama de fofoqueiros que alguns turcos levam não é a toa;
94) em contra partida, não concordo com a fama de pão duro porque de pão duro eles não tem nada, o negócio é que eles sabem como ganhar dinheiro - trabalhando;
95) aprendi que eu não posso fazer nada ao ver a mesma mão que fez meu sanduíche, manusear o dinheiro e logo em seguida voltar e preparar o próximo sanduíche; (o que sobra de higiene em alguns aspectos falta em outros, vai entender....) 
96) ter mais paciência, sobretudo escutar mais, isso como eu aprendi;
97) aprendi como é bonito respeitar as pessoas, acho lindo a forma que os turcos cumprimentam os mais velhos, beijando as mãos e levando-as posteriormente a testa como sinal de respeito; (ah se fosse assim no Brasil)
98) aprendi que assim como no Brasil, na Turquia existem pessoas educadas e outras nem tanto;
99) que embora as dificuldades sejam muitas, nada pode ser maior que a vontade de vencer;
100) percebi que ainda tenho muito o que aprender; 



Beijinhossss! 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Viva as diferenças!

Artista: Gökhan Özen
Música: Istanbul Daha Erken



Esse foi um dos primeiros vídeos de música turca que assisti e confesso que fiquei meio surpresa. rsrsrsrsrsrs

Roupas curtas, requebrado, molejo, clima de paquera, boate bombando e o povo descendo até o chão? Parece até que estou falando do Brasil né?! Isso tudo é o que estamos acostumados a ver nas bandas de cá
E na cabeça da esmagadora maioria dos brasileiros, que não se relacionam diretamente com turcos ou não pesquisam mais a fundo a Turquia, lá a mulher não anda na rua sem burca ou "hijab" pois o que todos sabem é que 99% da população é composta por adeptos da religião muçulmana. 

Já nem lembro mais quantas vezes me perguntaram/afirmaram se/que serei obrigada a usar a burca ao chegar em Istanbul. 

Diante disso acho válido esclarecer melhor o assunto, lembrando que o blog é meu e aqui exponho as minhas impressões pessoais (nada cientificamente provado)...

A etimologia da palavra: hijab significa em árabe "cobertura" e vem de  حجب que significa "cobrir", "proteger".
É o conjunto de vestimentas preconizado pela doutrina islâmica. No Islã, o hijab é o vestuário que permite a privacidade, a modéstia e a moralidade, é por vezes utilizado especificamente em referência às roupas femininas tradicionais do Islã, ou ao próprio véu. O hijab foi decretado para proteger a sua modéstia e honra pois Deus, o Altíssimo, diz no Alcorão:
Cquote1.svgÓ profeta, dizei a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que quando saírem que se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que se distingam das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, MisericordiosíssimoCquote2.svg
— 33ªSurataAl-Ahzab, versículo 59

Estudiosos islâmicos acreditam que Deus revelou este versículo ao Mensageiro, o Profeta Muhammad ordenando a mulher crente a se cobrir com sua manta quando saísse de seu lar, de tal maneira que nenhum de seus atrativos ficasse visível; porque desta maneira se tornaria claro para todos que ela era muçulmana, honrada, casta, pelo que nenhum hiprócrita ousaria molestá-la.

O hijab é usado pela maioria das muçulmanas que vivem inclusive em países ocidentais. A depender da escola de pensamento islâmica pode se traduzir na obrigatoriedade do uso da burca, que é o caso do Talibã afegão, até apenas uma admoestação para o uso do véu, como ocorre na Turquia. Na atualidade o hijab é obrigatório na Árabia Saudita e na Repúplica Islâmica do Irã. /wikipedia - Hijab

Ao chegar em Istanbul pude ver um misto de estilos e mulheres vestidas das mais variadas formas. Vi gente coberta da cabeça aos pés? Claro que sim. Mas vi também gente usando mini-saia e short curtinho, vestidos, regatas etc.

Eu particularmente, optei por não usar decotes e roupas muito curtas por uma questão pessoal, não queria gente me olhando, me "encarando". Procurei me preservar e respeitar os costumes e tradições mais conservadoras, embora tenha optado pelo não uso da burca.

Na Turquia é mais frequente entre as mulheres muçulmanas o uso de um lenço (colorido) que cobre apenas os cabelos: 



Muito embora seja comum também algumas mulheres (assim como eu), optarem pelo não uso do lenço deixando os cabelos ao vento. Gosto de frisar que não fui rebaixada ou olhada com carão por conta disso, pelo contrário, me senti sempre respeitada.
Um dia minha Anne apontou uma moça que cobria os cabelos e me perguntou:
- O que você acha do véu?
Não sabia exatamente o que ela queria ouvir e respondi com sinceridade:
- Não é pra mim, mas eu respeito a opção de quem decide usa-lo.
Ela sorriu e respondeu:
- Nem pra mim, embora tenha nascido aqui não acho que o uso do véu torna alguém mais ou menos muçulmano.
Ufaaa, a resposta dela não poderia ter sido melhor :)

Pude perceber que o uso do hijab pouco preocupa muçulmanos de certas correntes. Para essas mulheres usar ou não o véu é uma questão pessoal e o mais importante não é o uso em si, mas o motivo/crença que leva a mulher a optar pelo uso.

Eu e Anne tomando um türk kahvesi #sem hijab#
 De um lado mulher com hijab e do outro sem

Embora não seja tão comum o uso da burca preta na Turquia, que deixa de fora apenas os olhos, algumas vezes me deparei com mulheres na rua vestidas assim: 

Nessa foto tirada na balsa em Izmit é possível ver:
Mulher cobrindo apenas o cabelo.
Mulher usando a burca que deixa apenas os olhos de fora.
Mulher sem usar o hijab.
Bom pessoal, graças a Deus pude sentir uma aproximação, uma abertura muito grande do povo turco para pessoas advindas de outros países (como o Brasil) e com religiões diferentes da muçulmana. 
Me senti muito respeitada e amada. E esse era um assunto que me preocupava um pouco antes de ir pra lá. 
Fiquei feliz com o que vi e senti :)

Viva as diferenças porque lá no fundo somos todos iguais...

Beijos Beijos...

 Bom Carnaval!!!